sexta-feira, 20 de abril de 2012
Marés.
O pano que sobe lentamente nunca pede permissão.
Lentamente busca o topo
do universo infinito.
O céu aguarda a aparição.
Do malvado mostro maldito.
Que vêm ameaçar a proteção.
Daquilo sobre o qual nunca fora dito.
A água vai pra onde pode.
Encontra buracos e túneis mil.
Nunca de raiva se sacode.
E se acostuma com o barril.
Diferente dos peixes do mar.
Que sempre procuram o esconderijo.
Para sua linhagem proliferar.
Com o instinto sempre rijo.
Felicidade se vê afogada por novas camadas de pano.
Angústia se transforma à luz do dia.
Tudo vira profano.
Fica no fundo a harmonia.
Passa dia, mês e ano.
A correnteza nada leva.
A maré que se faz subir.
Cresce no solo a grossa selva.
Daquilo com o qual precisa-se incumbir.
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